Danilo Caymmi expõe pintura e apuro vocal em ‘Andança 5.5’, álbum com grandes canções da era dos festivais

  • 25/01/2024
(Foto: Reprodução)
Capa do álbum 'Andança 5.5', de Danilo Caymmi Pintura de Danilo Caymmi Resenha de álbum Título: Andança 5.5 Artista: Danilo Caymmi Edição: Biscoito Fino Cotação: ★ ★ ★ ★ ♪ Parece que Danilo Caymmi exagera quando, ao discorrer sobre o álbum Andança 5.5, afirma estar no melhor momento como intérprete. Contudo, a audição do disco dá razão ao cantor, compositor e músico carioca. Basta escutar gravações como as de Sabiá (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1968) e Viola enluarada (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, 1968) para perceber o apuro da voz grave e extremamente bem modulada do artista neste álbum que chega ao mundo amanhã, 26 de janeiro, com regravações de oito músicas amplificadas na plataforma dos festivais da canção da segunda metade da década de 1960. O título Andança 5.5 alude ao fato de a toada Andança ter conquistado o público em 1968 – há 55 anos, portanto, contando da data da gravação do disco em 2023 – no terceiro Festival internacional da canção (FIC) nas vozes de Beth Carvalho (1946 – 2019) e do grupo Golden Boys. Parceria de Danilo com Edmundo Souto e Paulinho Tapajós (1945 – 2013), Andança figura no álbum ao lado de joias como Eu e a brisa (Johnny Alf, 1967), Travessia (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1967) e Pra dizer adeus (Edu Lobo e Torquato Neto, 1966). O repertório lapidar foi selecionado por Danilo com Flávio Mendes, produtor musical e arranjador do disco gravado no estúdio Boca do Mato, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), e mixado pelo engenheiro de som Daniel Sili. Além de cantar (muito bem), Danilo Caymmi toca flauta, instrumento recorrente nos arranjos delicados e elegantes, também urdidos com o violão de Flávio Mendes e o violoncelo de Iuri Ranewski. A percussão de Armando Marçal sobressai com sutileza em Pra não dizer que não falei de flores (Geraldo Vandré, 1968), evocando tanto a marcha dos soldados da repressão quanto a caminhada pacífica dos estudantes na luta pela democracia. Aberto com Bom dia, parceria de Gilberto Gil com Nana Caymmi, irmã de Danilo, o álbum Andança 5.5 expõe na capa pintura feita pelo próprio Danilo Caymmi na pandemia. A pintura nada remete ao espírito do disco, mas isso é detalhe diante da beleza de álbum tão simples – a rigor, até corriqueiro – quanto sedutor.

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2024/01/25/danilo-caymmi-expoe-pintura-e-apuro-vocal-em-andanca-55-album-com-oito-cancoes-da-era-dos-festivais.ghtml


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